quarta-feira, 29 de junho de 2011

Expedição aos Picos da Europa

PICOS DA EUROPA

O fim-de-semana de 10 a 13 deste mês de Junho de 2011, foi particularmente ligado ao Ambiente, devido à participação de um grupo de professores da nossa escola Bernardino Machado em Joane, com dois elementos da Associação Cedhrus, sediada em Cabeceiras de Basto numa expedição ao Parque Nacional “Picos da Europa”.

Foram dois dias de intenso caminhar. No primeiro dia, fizemos o Trilho de Veja de Ario, a partir do Lago Ercina (Covadonga). No segundo dia, abordamos o Pico Urrielu ou Naranjo, pico mítico, onde muitos desejam fazer e só está ao alcance daqueles que se sentem mais capazes devido ao poder físico e psicológico.

O Trilho Veja de Ario, onde se situa o Refúgio Marqués de Vilaviciosa, foi muito duro e extenso, no entanto, este, teve custos mais físicos devido a ter sido feito logo após a viagem, sem descanso, daí a dificuldade. Já não estamos em condições de fazer directas, pois a juventude não impera para estas bandas. O Pico Urrielu, apesar de ter um grau de dificuldade elevado, não foi tão difícil do ponto de vista físico, pois as condições já estavam no ponto ideal para o fazer. Nesta subida, aconteceu-nos um encontro inesperado com o maior Alpinista português e quiçá dos melhores do mundo, refiro-me obviamente ao João Garcia. Perante tal figura prestigiante para qualquer português, solicitamos a sua permissão para uma foto, ao qual acedeu prontamente, dando assim, um alento para a subida, visto ele (João Garcia) estar a descer e nós a subir o Urrielu. Passado este momento, seguiram-se momentos de rara beleza ao longo do percurso, onde a biodiversidade impera com espécies diversificadas. Neste contexto, é de referir as Vaquinhas de raça Asturiana, as Ovelhas, as Cabras e ainda cavalos e burros que mais à frente irei explicar porque é fundamental a sua presença nestas paragens.

Monte acima, lá fomos nós, com algum esforço, persistência e alento pelo encontro antes, subindo, subindo, subindo e registando, registando a beleza das formas e cor verificadas para mais tarde recordar.

Ao longo deste, encontramos todo o tipo de gente, desde espanhóis, portugueses, ingleses, franceses e outros que não vimos, com idades menores e maiores, lentos e mais lestos e até alguns em corrida, mais velozes e menos. Com a ajuda dos bastões, consegui superar as dificuldades e posso afirmar que estes são de grande utilidade, pois para além de nos ajudar a puxar, ajudam também a equilibrar, visto o terreno ser de muita irregularidade em noventa por cento do seu percurso.

Chegados ao fim e sempre com o Pico na nossa frente, para admirar, lançamo-nos aos petiscos que estavam na mochila e cuja fome manifestava vontade em devorar.

Por fim, a descida. Esta foi feita com alguma ponderação, visto ser perigosa. Após o final desta, passamos por Cabrales para comprar o famoso queijo” cabrales” e descansar comodamente sentados a saborear a famosa Sidra.


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